Promotores declararam suspeição somente três anos e meio após nomeação de secretário

ASMMP diz que relação de amizade é anterior à nomeação, porém promotores seguiram com atuação no decorrer de todo o mandato e declararam suspeição somente três anos e meio após a posse do secretário

Da Redação


Em nota, a ASMMP (Associação Sul-Mato-Grossense dos Membros do Ministério Público) confirmou que a relação de amizade entre os promotores Alexandre Rosa Luz, Paulo Leonardo de Faria e Fabrício Secafen Mingati é anterior à nomeação do engenheiro Julio César Castro Marques como secretário municipal de Infraestrutura, porém, apesar disso, os servidores seguiram atuando em investigações durante todo o decorrer do atual mandato, declarando-se suspeitos somente três anos e meio após a posse do gestor.

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A nota ainda frisa que o Promotor de Justiça Alexandre Rosa Luz foi removido, a seu próprio pedido, para a 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Rio Brilhante, não havendo qualquer relação entre tal mudança e a suspeição por ele declarada em representações recebidas no exercício de sua função.

A nota também diz que todas as representações foram devidamente remetidas para outros membros do Ministério Público para análise e tomada das providências necessárias.

Advogados consultados pelo Jornal da Nova, disseram que o Ministério Público trabalha pela construção de uma sociedade em defesa do patrimônio público e da probidade administrativa. “O promotor da cidadania investiga os atos da administração pública que possam causar prejuízos ao erário, como desvio de dinheiro público, licitações e contratos administrativos fraudulentos, ilegal contratação de pessoal pela Administração, bem como o enriquecimento ilícito de agentes públicos em razão de corrupção”, destacaram.

Mesmo já apuradas, membros da sociedade civil pretendem acionar o Conselho Superior do Ministério Público para que sejam verificadas as denúncias que foram feitas nas Promotorias de Nova Andradina, onde os promotores se declararam suspeitos.

“Conhecemos os trabalhos relevantes dos promotores, mas há pautas que envolvem várias denúncias sérias que precisam ser mais investigadas, licitações com suspeitas de irregularidades e obras que não foram feitas no local exato em que a licitação foi designada”, comentam.

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